tiroteios, ocupação nos morros e a opinião dos outros
Faz tempo que não escrevo, mas enfim, o últimos acontecimentos me chamaram um pouco a atenção.
O Fato é que ocupação nos morros do Rio de Janeiro deveria ter acontecido faz tempo. Ocupação sem violência para o morador, sem a posição trágica da Mídia, que acaba escondendo preconceitos.
Mas a ocupação aconteceu. Tivemos uma explosão de UPP e estas hoje contam mais ou menos umas 13 comunidades, com UPP. Isso teria causado (segundo a Mídia) a ira de algumas facções que através de seus mandos teriam orquestrado toda a onda de incêndio aos ônibus e carros. O Governo entra em ação, a princípio com um grupo do CFN (Marinha) e a Polícia Militar. Mais tarde o Exército entra na briga (provavelmente para limpar o nome do fato ocorrido, e tomara que isolado, na Providência, anos atrás).
Sejamos sinceros, como moradores da Cidade do Rio de Janeiro, principalmente, estamos acostumados com a violência e sabemos muito bem da cultura de violência propagada em alguns morros. Material farto para qualquer sociólogo montar seu laboratório e estudar uma cultura de guerrilha, sem precisar viajar a outros países.
O fato é o que pôde ser vivenciado na mídia. Se alguém era preso e isso pôde ser visto na própria mídia, a opinião de jornalistas que só faltariam elogiar a truculência de uma polícia. O fato é também a torcida de alguns internautas, através de seus "twitters, facebooks, etc", ás vezes até criticando "Direitos Humanos".
E´ exatamente essa "torcida" (que convenhamos, é muito parecida com a daqueles que "torcem" para os bandidos) que preocupa, pois o modelo de Estado está ligado ao que o indivíduo pensa e aceita como Estado.
Assim como á primeira vista nosso sistema político parece confuso e descentralizado quando o assunto é "tomar uma decisão e executar em todas as suas instâncias", me parece que a democracia nesses casos, como o que ocorre agora no Rio de Janeiro, corre sério risco.
De alguma forma, não estamos em 1964/67 e a ocupação no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro conta com postos de arrecadação de currículuns (cadastro de trabalhadores, para resolver o problema do desemprego friccional) do Estado e futuramente da Prefeitura do Rio de Janeiro, além de serviços médicos e sociais gratuitos.
Há muito o que fazer no macro. A sociedade como um todo parece ignorar os detalhes e confunde o ser justo com o ser impiedoso, e o ser fraterno com o ser bobo.
O fato de décadas haver uma população deixada a esmo pelo Estado e pela Sociedade, e os graves erros dos Estados que através da força tentaram corrigir certos "problemas", faz da situação do Rio de Janeiro um problema sério de logística com o intuito de atender não só os quesitos de segurança, mas os quesitos de assistência social para certas populações.
O único problema que podemos ter, em um Estado Democrático, é uma opinião de alguns a favor do emprego da violência. Quando tudo isso poderia ter sido evitado.
O Fato é que ocupação nos morros do Rio de Janeiro deveria ter acontecido faz tempo. Ocupação sem violência para o morador, sem a posição trágica da Mídia, que acaba escondendo preconceitos.
Mas a ocupação aconteceu. Tivemos uma explosão de UPP e estas hoje contam mais ou menos umas 13 comunidades, com UPP. Isso teria causado (segundo a Mídia) a ira de algumas facções que através de seus mandos teriam orquestrado toda a onda de incêndio aos ônibus e carros. O Governo entra em ação, a princípio com um grupo do CFN (Marinha) e a Polícia Militar. Mais tarde o Exército entra na briga (provavelmente para limpar o nome do fato ocorrido, e tomara que isolado, na Providência, anos atrás).
Sejamos sinceros, como moradores da Cidade do Rio de Janeiro, principalmente, estamos acostumados com a violência e sabemos muito bem da cultura de violência propagada em alguns morros. Material farto para qualquer sociólogo montar seu laboratório e estudar uma cultura de guerrilha, sem precisar viajar a outros países.
O fato é o que pôde ser vivenciado na mídia. Se alguém era preso e isso pôde ser visto na própria mídia, a opinião de jornalistas que só faltariam elogiar a truculência de uma polícia. O fato é também a torcida de alguns internautas, através de seus "twitters, facebooks, etc", ás vezes até criticando "Direitos Humanos".
E´ exatamente essa "torcida" (que convenhamos, é muito parecida com a daqueles que "torcem" para os bandidos) que preocupa, pois o modelo de Estado está ligado ao que o indivíduo pensa e aceita como Estado.
Assim como á primeira vista nosso sistema político parece confuso e descentralizado quando o assunto é "tomar uma decisão e executar em todas as suas instâncias", me parece que a democracia nesses casos, como o que ocorre agora no Rio de Janeiro, corre sério risco.
De alguma forma, não estamos em 1964/67 e a ocupação no Complexo do Alemão e Vila Cruzeiro conta com postos de arrecadação de currículuns (cadastro de trabalhadores, para resolver o problema do desemprego friccional) do Estado e futuramente da Prefeitura do Rio de Janeiro, além de serviços médicos e sociais gratuitos.
Há muito o que fazer no macro. A sociedade como um todo parece ignorar os detalhes e confunde o ser justo com o ser impiedoso, e o ser fraterno com o ser bobo.
O fato de décadas haver uma população deixada a esmo pelo Estado e pela Sociedade, e os graves erros dos Estados que através da força tentaram corrigir certos "problemas", faz da situação do Rio de Janeiro um problema sério de logística com o intuito de atender não só os quesitos de segurança, mas os quesitos de assistência social para certas populações.
O único problema que podemos ter, em um Estado Democrático, é uma opinião de alguns a favor do emprego da violência. Quando tudo isso poderia ter sido evitado.
Olá Raul,
ResponderExcluirapenas não conccordo qdo vc diz que esta população ficou a esmo, se for por parte so Estado, tudo bem , mas a sopciedade em nada tem haver com isso.